O governo vai ampliar a integração das políticas ambientais e de desenvolvimento do país. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, 23 de novembro, pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que lançou o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS). A ideia, segundo ela, é estimular a participação dos cidadãos em todas as ações que visam ao desenvolvimento sustentável e à defesa do meio ambiente.
A ministra acrescentou que o plano vai contar com a participação de vários setores do governo, empresários, organizações não governamentais (ONGs) e cidadãos. O objetivo é incentivar a produção mais eficiente e o consumo responsável.
“Um dos objetivos do plano é o uso de bens e serviços que atendam às necessidades básicas, proporcionando uma melhor qualidade de vida, enquanto minimizam os danos ao meio ambiente”, disse Izabella Teixeira, informando que o plano reúne vários programas já em andamento.
A execução do programa inclui a assinatura de pactos setoriais com empresas e entidades de classe, além de campanhas educativas para mobilizar os consumidores. As prioridades são o consumo sustentável no setor varejista e o fortalecimento do sistema de compras públicas sustentáveis, para estimular o mercado a produzir bens e serviços com base em critérios ambientais.
O plano estabelece metas quantitativas e qualitativas, de acordo com o definido por todos os parceiros, além de diversas ações de governo que foram incorporadas às metas para o período de 2012 a 2015. A proposta servirá de base para as ações do governo, do setor produtivo e da sociedade que direcionam o Brasil para padrões mais sustentáveis de produção de consumo, justificou a ministra.
Na cerimônia de lançamento do plano, Izabella Teixeira assinou uma carta de intenções com representantes de empresas que fabricam eletrodomésticos e produtos de higiene e limpeza. As empresas se dispuseram a substituir o uso de gases nocivos ao meio ambiente por gases que não agridam a camada de ozônio e reduzam o potencial de aquecimento global.
A ministra acrescentou ainda que há uma previsão de mais adesões ao compromisso de cooperar com a redução da emissão de gases tóxicos e de lixo de difícil decomposição. A Associação Brasileira de Embalagem aderiu a esse compromisso ontem (23). A entidade indicou que pretende reduzir, no mínimo, à metade a fabricação e o uso de sacolas plásticas até 2015.